TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
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O QUE É?
A trombose venosa profunda é provocada pela formação de um trombo (coágulo sanguíneo) nas veias mais profundas dos membros inferiores (pernas). É uma situação potencialmente grave e que pode ser prevenida.
As manifestações da trombose venosa profunda dependem da localização e tamanho dos coágulos sanguíneos. Os sintomas mais frequentes são o inchaço da perna (habitualmente unilateral), associado a dor e calor.
Quando o edema se estende a todo o membro inferior significa que pode existir uma trombose nas veias mais proximais, logo, com maior risco. Em casos muito graves, pode existir um bloqueio completo da circulação sanguínea e a dor é intensa, o membro pode estar frio, com formigueiros e com alterações da coloração (geralmente azulada). Por outro lado, em casos mais ligeiros, a trombose venosa profunda pode passar despercebida e não dar sintomas.



Outra das complicações da trombose venosa profunda é o desenvolvimento de lesões nas veias, que ficam dilatadas, levando a insuficiência venosa crónica, a chamada síndrome pós-flebítica. Perante a suspeita de uma trombose venosa profunda é sempre importante uma avaliação médica, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento assim que possível. Além da observação clínica, o doseamento de marcadores de coagulação no sangue (D-dímeros) e a realização de uma ecografia com Doppler das veias permitem fazer o diagnóstico na maioria dos casos.
COMO TRATAR?
O tratamento da trombose venosa profunda consiste na administração de anticoagulantes, que na fase aguda, e dependendo dos casos, podem ser em injeção subcutânea (ou endovenosa) ou em comprimidos. A medicação com anticoagulantes deve ser mantida durante pelo menos três meses, sendo que em algumas situações o período de tratamento pode ser estendido. A interrupção da anticoagulação antes do tempo preconizado pode levar a complicações graves.
Em casos mais graves e resistentes à anticoagulação, o tratamento pode requerer administração de outro tipo de medicamentos ou intervenção cirúrgica para remoção dos coágulos.
Estarei em risco de ter uma
trombose venosa profunda?
Embora a trombose venosa profunda possa ocorrer sem uma causa aparente e em pessoas aparentemente saudáveis, existem fatores que aumentam o risco, nomeadamente:
– Imobilização prolongada (ex.: viagens prolongadas de carro ou de avião, passar muito tempo sentado, internamento hospitalar, recuperação de uma cirurgia ortopédica, etc.);
– Obesidade;
– Gravidez;
– Tabagismo;
– Alguns medicamentos (ex.: pílula, terapêutica substituição hormonal, certos fármacos usados no tratamento do cancro, etc.);
– Insuficiência cardíaca;
– Diagnóstico de cancro;
– História prévia de trombose venosa profunda ou de embolia pulmonar.
Além destes fatores, existem situações de trombose venosa profunda que estão associados a fatores genéticos, as chamadas trombofilias hereditárias. Nestes casos existem défices de alguns fatores envolvidos e necessários para a coagulação do sangue, o que pode provocar trombose venosa, mesmo na ausência de um dos fatores de risco referidos. Estas situações são mais raras e habitualmente associam-se a uma história familiar de problemas similares.

E se eu estiver em risco de ter uma
trombose venosa profunda?
Caso o seu médico identifique um risco acrescido de desenvolver trombose venosa profunda, o mais provável é prescrever-lhe um medicamento anticoagulante, para a prevenção da formação de coágulos. Adicionalmente, e porque um dos principais fatores de risco para a trombose venosa profunda é a imobilização prolongada, a prevenção também está nas suas mãos.




O que posso fazer no dia a dia para prevenir
a trombose venosa profunda?
Medidas simples, que contrariam a imobilização prolongada, ajudam a prevenir e podem evitar a trombose venosa profunda. Se for viajar de carro ou de avião, e em especial para viagens com duração superior a 4 horas, deve:
– Levantar-se e andar um pouco a cada 1-2h;
– Usar roupa confortável e pouco justa, em particular na região abdominal;
– Considerar usar meias de descanso até ao joelho;
– Fazer flexão e extensão frequente dos joelhos e tornozelos, não cruzar as pernas e ir mudando as pernas de posição enquanto estiver sentado;
– Evitar medicação como sedativos ou para dormir;
– Não consumir álcool.
