
CELEBRE O AMOR, SEM DESCUIDAR O SEU CORAÇÃO

Gostou deste conteúdo? Partilhe
O amor traz-nos emoções fortes e os seus desgostos deixam-nos de ‘coração partido’, que neste caso é uma metáfora e não a doença.
O amor tem associados sentimentos de afeição, de paixão e de grande desejo. É, por isso, sinónimo de emoções fortes.
A RESPOSTA É SIM
AINDA QUE SEJA UM ACONTECIMENTO MUITO POUCO COMUM NAS RELAÇÕES AMOROSAS ENTRE PESSOAS SAUDÁVEIS.




O amor traz-nos emoções fortes e os seus desgostos deixam-nos de ‘coração partido’, que neste caso é uma metáfora e não a doença.
O amor tem associados sentimentos de afeição, de paixão e de grande desejo. É, por isso, sinónimo de emoções fortes.

A RESPOSTA É SIM
AINDA QUE SEJA UM ACONTECIMENTO MUITO POUCO COMUM NAS RELAÇÕES AMOROSAS ENTRE PESSOAS SAUDÁVEIS.



Efetivamente, uma relação amorosa tem como efeitos, em geral, um aumento da sensação de bem-estar e uma redução da ansiedade – o que é bom para o coração. Ou seja, o amor faz bem à saúde.
Mas, emoções fortes e stress têm sido relacionados com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Este facto é inquestionável, embora por vezes mal explicado.
A síndrome do coração partido caracteriza-se por uma dor forte no peito que surge após um evento emocionalmente forte
- Levam à ativação do sistema nervoso simpático e à libertação de várias substâncias que são nocivas para o nosso sistema cardiovascular – tais como o cortisol, a serotonina e a adrenalina, entre outros.
- Estas substâncias provocam disfunção endotelial (isto é, mau funcionamento do revestimento interno das artérias), inflamação e contribuem para o desenvolvimento precoce de aterosclerose.
- Podem também ser o ‘gatilho’ que desencadeia eventos súbitos, particularmente em pessoas mais suscetíveis, podendo nestes casos levar a enfarte agudo do miocárdio e arritmias, entre outros.
Há também outra forma de lesão cardíaca súbita provocada por uma emoção forte, que tem sido descrita na literatura científica como síndrome do coração partido (broken heart syndrome), mas que não é o mesmo que estar de ‘coração partido’. Esta expressão é uma metáfora usada para referir o sofrimento decorrente de um desgosto.

A SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO
A síndrome do coração partido caracteriza-se por uma dor forte no peito que surge após um evento emocionalmente forte, por exemplo, a morte de alguém querido, um desgosto de amor, uma vitória na lotaria, entre outros, ou um esforço físico intenso.
O coração perde força contrátil e podem surgir arritmias e insuficiência cardíaca. Na maioria das pessoas é um acontecimento temporário e reversível.

É mais frequente em mulheres, especialmente depois da menopausa.

Não se sabe exatamente qual é a causa desta síndrome, mas pensa-se que esteja relacionada com a hiperativação súbita do sistema nervoso simpático e com a libertação massiva de catecolaminas, provocadas por um evento súbito, forte e inesperado.

A síndrome do coração partido também é conhecida por miocardiopatia induzida pelo stress ou miocardiopatia de takotsubo (tako tsubo significa, em japonês, uma armadilha para polvos que é um pote com a forma semelhante à que o coração tem na fase aguda desta síndrome).
Passada a fase aguda, na síndrome do coração partido, contrariamente ao que se verifica no enfarte agudo do miocárdio, se não houver complicações graves, o coração recupera completamente, sem qualquer tratamento específico. Na síndrome do coração partido não há lesões das artérias.
Apesar de tudo, a síndrome do coração partido é muitas vezes confundida com um enfarte agudo do miocárdio e frequentemente o eletrocardiograma e as análises apontam para este diagnóstico.

O ecocardiograma revela habitualmente um padrão de contração cardíaco típico que sugere o diagnóstico da miocardiopatia induzida pelo stresse.
A maioria dos doentes com miocardiopatia induzida pelo stress acabam mesmo por realizar um cateterismo cardíaco (coronariografia), para despistar um enfarte agudo do miocárdio, e, verifica-se que as suas artérias não apresentam bloqueios ou coágulos.
CORAÇÃO SAUDÁVEL PARA AMAR SEM LIMITES
A gestão das emoções é, sem dúvida, um fator importante para prevenir doenças do coração. E complementa os ‘mandamentos’ básicos:







Artigo de José Ferreira Santos - Cardiologista
- 24 jan 2022
Como médico, recomendo frequentemente aos meus doentes que mudem o seu estilo de vida para minimizar o risco ou controlar a sua doença cardíaca. Acredito que ter conhecimento significa ter o poder para fazermos melhores escolhas. As escolhas certas para termos uma vida longa, com mais energia e feliz. É essa a minha motivação pessoal!